Sarron.com - Teatro & Companhia

As pessoas vão ao Teatro porque sabem que nessa noite o homem pode cair do trapézio (Orson Welles)

3.29.2006

Curiosidades sobre Upgrade (Bô) Democracia


Muita expectativa reina em volta da estreia da sarron.com, tanto através do conhecimento do trabalho e da capacidade dos seus elementos, como o tema pertinente que a peça de estreia a borda. Assim há pontos interessantes a realçar sobre esta actividade.

- Muita publicidade se tem feito sobre a peça, desde cartazes, a passagem pelos media. A TVP (Televisão para o Povo) está a passar constantemente um comercial filmado e produzido em conjunto pela sarron.com e pela CV Waveriders, enquanto que a Rádio Nacional de Cabo Verde, Rádio Morabeza e a Rádio Nova passam spots audio. Também há notícias a circular pelos principais jornais e sites especializados do país.

- A dois dias da estreia os bilhetes para o primeiro dia estão quase esgotados, entre vendas e encomendas (não tarde em comprar o seu).

- Fala-se em mentira na política e as datas do espectáculo incluem o 1º de Abril.

- A peça com música inédita do rapper Mo Green, produzida especialmente para a peça.

Portanto, não fique pelas curiosidades. Vá ver uma peça que promete muito dar que falar.

O QUE O mindelact.com PENSA SOBRE NÓS

Eis uma estreia aguardada com enorme expectativa. Não só porque o grupo é recente e esta é a sua primeira apresentação pública, mas também porque o tema é quente e actual: o estado da nossa democracia. Encerra assim, com a peça de Alexandre Fonseca Soares "Upgrade (bô) democracia", a programação do "Março - Mês do Teatro" no Mindelo, lançando um grupo de teatro e um autor novos, ou então mais uma pedra para o cada vez mais sólido edifício teatral cabo-verdiano.
Falou e disse!

Dia Mundial do Teatro: grupos de S. Vicente assumem posição conjunta (in: mindelact.com)

Aproveitar o Dia Mundial do Teatro não apenas para comemorar, mas sobretudo para reflectir. Foi com este objectivo que os agentes teatrais do Mindelo, com todos os grupos de teatro em actividade representados, redigiram um comunicado onde chamam atenção para alguns aspectos relacionados com a actualidade teatral. E lançam o repto: «nós estamos a fazer a nossa parte. Agora, quem de direito, tem também que assumir as suas responsabilidades". Leia aqui o texto integral.


DIA MUNDIAL DO TEATRO
Comunicado Conjunto


No âmbito das comemorações do Dia Mundial do Teatro, que deve e pode funcionar também como um dia de reflexão, os grupos de teatro de S. Vicente em actividade concluem que:

1. Existe nesta ilha uma dinâmica teatral crescente, no que diz respeito ao número de grupos teatrais em actividade, espectáculos produzidos por ano, número de pessoas envolvidas na sua execução, um público crescente (com destaque para o público infantil) e na aposta numa formação teatral contínua.

2. Esta dinâmica é o resultado da crescente qualidade técnica e artística do nosso teatro e não nasceu de geração espontânea. Pelo contrário, ela é o resultado directo de dias e dias de trabalho, horas e horas de ensaios, de muito sacrifício pessoal e esforço colectivo.

3. Destacamos ainda a visibilidade crescente em áreas como a dramaturgia, a encenação, a cenografia, a iluminação, a componente gráfica, etc.

4. Afirmamos a união crescente entre os grupos teatrais, independentemente da salutar diferença existente entre os mesmos, no que diz respeito aos projectos artísticos e aos pontos de vista estético, estilo ou de reportório.

5. Não foi por acaso que o Festival Internacional de Teatro do Mindelo – Mindelact, que é de todos nós, tenha sido recentemente classificado como o mais importante evento teatral africano.

6. Também não terá sido por acaso que toda essa dinâmica foi reconhecida oficialmente, pelo Governo, com a atribuição à Associação Mindelact da Medalha de 1º Grau de Mérito Cultural, e pela Câmara Municipal, com a homenagem prestada no dia do Município.

Apesar deste panorama risonho, os grupos de teatro do Mindelo constatam que:

1. As condições de trabalho, que deviam ser proporcionadas por quem de direito, não tem acompanhado a referida dinâmica e o reconhecimento oficial que resultou da mesma.

2. Os grupos de teatro em actividade continuam sem lugares condignos de ensaio e de reciclagem a nível de formação teatral.

3. As condições de produção de espectáculos de teatro são, a cada dia que passa, menos condignas e mais difíceis.

4. Apesar da única sala disponível estar localizada num espaço público, os custos a que os grupos de teatro estão sujeitos para montar as suas peças, na maioria das vezes, não são cobertas pelas poucas receitas conseguidas.

5. A situação actual, as conquistas alcançadas com o trabalho e suor de todos nós, já justificava, de quem de direito, uma outra aposta, dinâmica e investimento nas artes cénicas cabo-verdianas, em geral, e de S. Vicente, em particular.

6. A situação actual já justificava a existência em S. Vicente de um espaço público, com salas de ensaio, salas de aula, escritório de produção, local para guardar cenários, figurinos e material técnico, espaço esse, entregue aos próprios artistas e agentes teatrais para uma utilização contínua e condigna.

Assim: os grupos de teatro de S. Vicente exigem, que quem de direito, faça também, aqui e agora, a sua parte. E lançam o apelo: assumam as vossas responsabilidades.

Nos continuaremos, com cada vez mais força, união e trabalho, a fazer a nossa parte, em prol do teatro em Cabo Verde e em S. Vicente.


Mindelo, 27 de Março de 2006 / Dia Mundial do Teatro e Dia da Mulher Cabo-verdiana


Alunos dos Cursos de Iniciação Teatral do CCP

Associação Artística e Cultural Mindelact

Atelier Teatrakácia

Companhia de Teatro Solaris

Grupo de Teatro do CCP / ICA

Grupo de Teatro Dionísio

Sarrom.com Teatro & Companhia

Teatro Infantil do Mindelo - TIM

sarron.com estreia Upgrade (bô) Democracia

A sarron.com - teatro & companhia estreia este fim de semana a sua primeira peça teatral, Upgrade (bô) Democracia, da autoria de Alexandre Fonseca Soares (Tey como é conhecido por todos). O grupo estreia-se assim nas artes dramáticas, embora todos os seus elementos já tenham passado por alguma experiência teatral.
A próxima produção já tem nome. "Um vez Soncente era sábe" será a próxima peça produzida pela companhia e terá como pano de fundo a Cidade do Mindelo d'outrora e a música.
Por agora a peça de Alexandre Fonseca Soares promete dar muito que falar. “Upgrade (bô) Democracia” é uma peça que, sem papas na língua, brinca com a política, os políticos e a sua maneira de ser e estar na política. Em homenagem à memória do Dramaturgo Anu Nobu a peça utiliza a rima do princípio ao fim. O texto vai se desenlaçando, criticando directamente a Oposição, a Situação, o processo eleitoral… ou seja, os actores políticos em geral e as regras que os regem. A peça estará em cena nos dias, 31 de Março (para encerrar o Março, Mês do Teatro), 1 e 2 de Abril, sendo nos dois primeiros dias às 21h30 e no último às 20h30.
Tudo indica que a peça irá causar alguma polémica tendo em conta o tema quente que aborda e a ousadia em criticar sem camuflar
.
Encenação: Alexandre Fonseca Soares
Elenco: Eileen Barbosa, Hélder Lopes, Heloneida do Rosário, Júlio Fortes
Maria Teresa Assunção, Neu Lopes, Odair Ramos e Thaiz Lucksis
Desenho e operção de Luz: Anselmo Fortes
Cenografia e Adereços: Colectivo
Figurinos: Maria Teresa Assunção
Montagem e Design de Som: Neu Lopes
Trilha Sonora: Colectivo
Som: Alexandre Fonseca Soares
Música Original: Mo Green
Coreografia: Soémia Rocha
Make Up: Bety Gonçalves

3.15.2006

Luísa Queirós é Prémio de Mérito Teatral 2006

Os sócios da Associação Mindelact reuniram-se no passado Sábado em assembleia extraordinária para elegerem o prémio de Mérito Teatral 2006. Desta vez, a Direcção propôs que o prémio fosse atribuído à componente gráfica. Para isso ninguém mais indicado do que a criadora do logo do Mindelact, a artista plástica Luísa Queirós. A pintora, além de ser sócia da associação criou o logo que há onze anos é a cara do festival internacional de teatro e da própria associação, e também alguns cartazes importantes, sendo o mais emblemático o da peça “A Casa de Nha Bernarda”.
No final Luísa Queirós agradeceu à associação e a todos os presentes pelo reconhecimento dado à sua obra. Convém lembrar que o logo tem inspirado a criação de outras imagens e produtos para a associação, nomeadamente as imagens para T-shirts, convites e a própria estatueta do referido prémio, criado por Manú Cabral.

Marcha Teatral no Dia Mundial do Teatro

27 de Março é a data mais importante para os amantes do teatro – Dia Internacional do Teatro. Uma data que nunca poderá passar despercebida. Assim a organização do Março Mês do Teatro em S. Vicente organiza uma marcha a ter lugar nesse dia, em que participarão quase todos os envolvidos nessa máquina cultural mindelense. São personagens, actores, figurinos e responsáveis teatrais numa actividade que sempre vale a pena. Vamos participar! Sarron.com estará aí.

A. A. C. Mindelact lança livro Espírito Santo da Silva

A dramaturgia nacional tem sido alvo de preocupação por parte da Associação Artística e Cultural Mindelact. É nesse sentido que a mesma lança agora, em edição, a Colecção Dramaturgia Nacional. Nesta primeira edição será contemplado o conhecido dramaturgo Espírito Santo da Silva, para depois ser contemplado outro dramaturgo, dessa vez de Sotavento. Uma forma de dar a conhecer o trabalho teatral das ilhas aos agentes teatrais nacionais, e não só.
O primeiro livro desta colecção traz três peças – Um Estranho À Minha Mesa, Retalhos De Vida e Visões Apocalípticas – que já foram vistas pelo público mindelense através do trabalho do já extinto Grupo de Teatro Frank Cavaquim. O livro será lançado no dia 28 de Março, enquadrado nas actividades do MMT2006, e promete ser uma mais valia para os fazedores de teatro e um incentivo à dramaturgia nacional.

3.08.2006

Eden-Park estreia "O Crime do Padre Amaro" esta semana

Este Sábado, o Eden-Park estreia em duas sessões (18h30 e 21h30) o filme "O Crime do Padre Amaro, adaptação do livro de Eça de Queirós, de 1875.
É o filme mais visto em Portugal na história do Cinema Português. Forjado e com cenas escaldantes, o filme também promete em Cabo Verde, caso a vaga dos DVD's piratas não tenham estragado o negócio.
Sinopsis:
Um padre jovem num bairro social. Uma jovem sensual e sedutora. Amaro faz de tudo para resistir à tentação, mas Amélia não desiste. Será que um homem de Deus consegue vencer o desejo carnal?
Título Original: O Crime do Padre Amaro
País: Portugal, 2005
Género: Drama
Realização: Carlos Coelho da Silva
Intérpretes: Soraia Chaves, Jorge Corrula e Nicolau Breyner
Data de estreia em São Vicente: 11 de Março de 2006

Três seres procuram Cristo em "Perdidos/Procura-se"

Depois de ter "misturado" textos de shakespeare, Arménio Vieira e extratos da Bíblia Sagrada, Herlandson Duarte e a Companhia de Teatro Solaris parte em procura de Cristo.
Com mais uma experiência ousada, a Companhia que prometeu apresentar uma forma de teatro ousada e com uma filosofia determinante (criada pela Companhia), pretende surpreender mais uma vez o público mindelense. "Perdidos/Procura-se" poderá ser vista nos dias 18 e 19 às 21h30 e 20 às 20h30.
Sinopsis (por Valódia Monteiro):
Ubi Jesus est? (Onde está Jesus?)
Poderia ser essa a resenha, porém seríamos incautos.
Ubi? (Onde?)
Três seres procuram Cristo.
A fé e a convicção encaminham todo aquele que crê.
Solaris crê que seja possível almejar a meta – a não-indiferença.
Três criaturas vão à extremidade das suas capacidades porque têm um propósito.
Será atrevimento mostrar-se de forma inquietante? É esse o nosso objectivo.
Ubinam? (Onde?)
Christus hic est. (Cristo está aqui)
Preparem-se os mais desatentos.
Encenação/Cenografia/Direcção Artística: Herlandson (Kutch) Duarte
Interpretação: José Birgite, Nuno Costa, Valódia Monteiro
Desenho de luz: Edson Fortes
Entrada: 300$00 - Auditório do Centro Cultural do Mindelo

Os Palhaços Também Apaixonam-se

cartaz da peça
design: neulopes

Aos palhaços do amor bastam os narizes vermelhos em cima da relva verde para contarem com picardia esta história do Zeca-Piolho-que-era-artista e do seu grande amigo e conselheiro Arrota-lata-que-era-actor. Um grande e um pequeno. Um sabido e um ingénuo.
Este é o espectáculo proposto pelo TIM-Teatro Infantil do Mindelo para os dias 11 às 19h00 e 12 às 18h00. Excelente para a pequenada.
Autor: João Branco
Direcção Artística e Produção: Elisabete Gonçalves
Interpretação: Anselmo Fortes, Nuno Delgado, Sílvia Lima, Zenaida Alfama
Sonoplastia: Mirtó Veríssimo
Entrada: 150$00

Março Mês do Teatro Movimenta Público Mindelense

A par do Festival Internacional de Teatro do Mindelo - Mindelact, o certame "Março Mês do Teatro" tem sido um sucesso no Mindelo, tendo sido já apresentada a peça "O Auto da Compadecida pelo GTCCPM/ICA. Esta semana poderão ser vistos "Coçar onde é preciso" por José Pedro Gomes e "Mal d'Amor" pelo TIM-Teatro Infantil do Mindelo.
Ainda fazem parte do programa "Pluft, o fantasminha" pelo Grupo Teatrakácia, "Perdidos/Procuram-se" pela Companhia de Teatro Solaris e a estreia da Companhia de teatro sarron.com-Teatro e Companhia com a esperada "Upgrade Democracia".
O GTCCP/M conseguiu movimentar um grande público amante do teatro e tudo indica que os ingressos para a peça de José Pedro Gomes logo estarão esgotados.
Na Praia, segundo relata o lantuna. blogspot.com, no dia 10 poderá ser revisto a peça "Maria Badia", da autoria de Princezito com a interpretação de Célia Varela, que além de actriz é também responsável do grupo Finkapé, Novidade: também apresentarão a peça na versão original, e no dia 15, a versão portuguesa.Mas o Março - Mês do Teatro na Praia não pára por aqui. O Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo trará para a capital a sua última produção, O Doido e a Morte, de Raul Brandão. A peça será apresentada nos dia 17 e 18, às 20h30. E já na recta final do certame, mais duas apresentações: o Cena Aberta-Companhia de Teatro propõe a peça "O Último Desejo", nos dias 23 e 24, às 19h. Um drama recheado de amores impossíveis e intrigas, como o diabo gosta, e que se passa em Cabo Verde , no século XIX. E para fechar o MMT na Praia, a reposição da peça "24 horas na vida de um morto", dos alunos do curso de teatro do CCP/ICA da Praia, nos dias 30 e 31 de Março, às 20h30.

"O Doido E A Morte" Vai à Praia

Após o sucesso da peça "O Doido E A Morte" no Centro Cultural do Mindelo, chegou a vez de apresentá-la na Cidade da Praia. O GTCCPM/ICA estará no Auditório do Centro Cultural Português nos dias 18 e 19. Um Março Mês do Teatro repleto de espectáculos.

3.03.2006

GTCCPM/ICA aposta em “O Auto Da Compadecida” para Março Mês Do Teatro


O Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo/ICA sobe mais uma vez ao palco do auditório do CCM este fim-de-semana durante três dias. Integrado no programa do Março-Mês, do Teatro o referido grupo apresenta, pela segunda vez, e a partir de hoje, 3 de Março, “O Auto Da Compadecida” de Ariano Suassuna, uma obra que é sucesso indiscutível e já foi adaptado para a TV e para o Cinema. João Paulo Brito e Nuno Delgado são os protagonistas ao lado de um talentoso e experiente elenco. Paulo Santos fará de Emanuel (Entende-se J.C.) que anteriormente fora encarnado pelo músico Mário Lúcio Sousa. Mais uma vez, JB encarrega-se da encenação.

Encenação e Direcção Artística: João Branco
Cenografia: Bento Oliveira
Figurinos: Elisabete Gonçalves
Desenho de Luz: César Fortes
Direcção de Cena: Helder Antunes
Interpretação: Arlindo Rocha, Elísio Leite, Fonseca Soares, João Paulo Britom, José Rui Martins,

Luis Miguel Morais, Maria da Luz Faria, Nuno Delgado, Odair Rocha, Paulo Santos, Zenaida Alfama

Local: Auditório do Centro Cultural do Mindelo
Entrada: 300$00

José Pedro Gomes mostra onde é preciso coçar

Quando vai de férias quantas malas leva? Diz “bom dia” quando entra num elevador? Costuma agradecer quando lhe abrem a porta? Será o sexo mesmo importante para si? Defende as suas opiniões ou fica à espera que alguém faça alguma coisa?
Um homem incomodado, inquieto e muito... humorado, bem ou mal, mas humorado. As várias facetas do “PORTUGA” é o tema do novo espectáculo de José Pedro Gomes. Uma hora e tal sózinho de pé (“stand-up”?). Conheça o ponto de vista dele sobre a velhice, as tabuletas, os mirones e muito muito mais.

José Pedro Gomes é um actor com provas dadas. Destaca-se na televisão, onde fez parte de vários programas humorísticos. Contracena com Herman José (a destacar os carismáticos publicitários Melga e Mike) e é um parceiro incontornável de António Feio. Como qualquer grande actor, é no teatro que se destaca.
Coçar Onde É Preciso é, sem dúvida, uma peça a não perder a ser exibido em espectáculo único no dia 10 de Março às 21h30 no CCM, com o apoio do CCM, do CCP/ICA e da Oásis/Hotel Porto Grande.

Textos: José Pedro Gomes
Direcção: Sónia Aragão e José Pedro Gomes
Desenho de Luz: Paulo Sabino
Adereços: Marinel Matos
Produção: UAU
Intérprete: José Pedro Gomes

Um valente puxão de orelhas. Ninguém pode ficar indiferente

A peça de estreia da sarron.com – Upgrade (bô) Democracia – estreia-se a 31 de Março e os ensaios já começaram a todo o gás. É que para além da obra se mostrar bastante divertida, os envolvidos já se divertem bastante. É que para além do texto ser original e ter aquele touch do Tey, é um valente puxão de orelhas ao sistema democrático universal e sobretudo o da terra da morabeza.
Segundo o autor, pretende-se com esta peça de teatro, conduzir os espectadores a considerarem sobre o que pode ser feito em prole da Democracia, no intuito de que efectivamente haja uma evolução da mesma, que cada cidadão saia do poço de letargia em que se encontra e que realmente pense que é possível corrigir o que não é justo na democracia, ou o que deveria ser melhorado. Isto é, sem ter a necessidade de ser plagiado de nenhuma outra sociedade, seguindo Cabral “temos que pensar com as nossas próprias cabeças”, atingir conclusões que façam o sistema eleitoral menos vulnerável a lobbys. Falou e disse. O certo é que ninguém vai ficar indiferente.

Trabalhos para “Um Vez Soncente Era sábe”


O primeiro musical produzido na cidade do Mindelo já tem título definitivo está de vento em poupa. A dramaturgia está em fase final e a cenografia começou já a ser estudada pelo artista plástico Bento Oliveira e pelo autor Neu Lopes, que também assegura a encenação e a direcção musical. A primeira música de base já existe e Fernando Andrade (chefe de orquestra de Cesária Évora) assegura o arranjo da música. Outras composições estão em andamento e terão a responsabilidade musical do guitarrista Hernâni Almeida, enquanto o rapper Mo Green co-assinará um dos trechos. Porém, não se trata apenas de um musical. É também um épico mindelense que retrata uma sociedade cosmopolita que vive à volta de um porto com altos e baixos no seu desenvolvimento. A sarron.com pretende estrear a peça em Setembro durante o mindelact2006. Quanto à dança e figurinos também já existem nomes de peso. O pontapé de saída será dado em Abril.

Associação Mindelact marca Assembleia Geral para Abril

Por razões operacionais ligadas ao Março Mês do Teatro e outras actividades a Assembleia Geral da Associação Mindelact, em que anualmente são discutidos assuntos de extrema importância para a associação, tais como eleição de novos corpos gerentes, ficará adiada para Abril. Porém uma assembleia extraordinária terá lugar a 11 de Março, com ponto único da ordem do dia: decisão da atribuição do Prémio de Mérito Teatral 2006.

O DOIDO E A MORTE - Estará a paz e a boa vida do Governador prestes a acabar?


Esta é a história de um Governador Civil que finge trabalhar, enquanto se diverte criticando artigos dos jornais e escrevendo peças de teatro sem sucesso, recorrendo mesmo ao plágio, enquanto saboreia um bom café e aprecia um charuto caro.
Sua vida dá uma volta enorme quando recebe no seu gabinete a visita dum conhecido milionário da praça. O homem traz debaixo do braço nada mais nada menos que a morte vestida de bomba, dentro duma caixa de madeira. Accionado já o engenho, nada mais há a fazer, pois tudo irá pelos ares, não poupando ninguém num raio enorme de quilómetros.

Perante tal situação, não são só os personagens da trama que se encontram sob pressão. O próprio espectador sente aquele (como disse Leo Bassi) culo streto, ficando pregado à peça do início ao fim. Um desenvolvimento feliz que desagua num final mais ou menos surpreendente.

Essa é a 37ª produção (não comparem isso com nada no teatro mindelense) do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo/ICA que celebra agora mais um aniversário. E vale a pena dizer que é mais uma produção bastante criativa e de óptima qualidade, tal como as 36 anteriores. Uma carreira que serve de exemplo para qualquer grupo de teatro de São Vicente.

Desta vez o grupo criou um espaço alternativo para o espectáculo – o pátio do Centro Cultural do Mindelo – não perdendo contudo um sempre activo e interessado público. Uma peça com uma composição plástica simples mas concisa que, com certeza, conseguiu seus objectivos. Os figurinos estão à medida das personagens e do desenho de luz que implementa um ambiente mais sinistro à trama, principalmente nas cenas dominadas pelo milionário louco (o doido), inteligentemente interpretado por Paulo Santos. A banda sonora da peça, em que alguns trechos/sons foram produzidos e montados por elementos do grupo, também encaixa perfeitamente e não cria tédio nem enjoa. Num tema que sempre será actual, os actores encantam, utilizando uma colocação de voz perfeita, acompanhando uma expressão corporal soberba. Mas o mais lindo da peça é a utilização de meias-máscaras que traçam perfeitamente o perfil de cada personagem.

Mesmo que a peça tenha tido sucesso no espaço alternativo, penso que é perfeitamente adaptável para o palco do auditório do CCM. Espero ver esta peça, mais uma vez no referido auditório com um vasto público. Uma experiência que não significa que o espaço seja melhor ou pior aliás, o sucesso da peça no pátio do CCM fala por si.

Neu Lopes (sarron.com)

CCM com o Março Mês do Teatro


A Directora do CCM Josina Fortes anunciou e está já a cumprir o apoio do Centro Cultural do Mindelo a todos os grupos de Teatro durante esse certame.
O CCM arcará com todas as despesas com a promoção das peças dos cinco grupos (entende-se cartazes e bilhetes) que representarão o Março Mês do Teatro de 2006, com a estreia absoluta de algumas peças e do mais novo grupo nascido nesta cidade – sarron.com
Além disso o CCM apoiará cada grupo (um por mês) na produção de espectáculos, cedendo o auditório que acolhe os mais importantes certames de teatro do país.
Os grupos agradecem e prometem trabalhar mais para dignificar a nossa cultura.
Bem Haja!

Projectos

- Upgrade (Bô) Democracia, de Alexandre Fonseca Soares (Março, Mês do Teatro 2006)
- Um Vez Soncente Era Sábe, de neulopes (Mindelect 2006)

Objectivos do grupo

- Propor trabalhos teatrais diferentes, com estilos versáteis e dinâmicos, explorando todas as vertentes do teatro.
- Dar a conhecer através dos trabalhos, factos históricos, culturais e sociais de S. Vicente e de Cabo Verde tanto a nível regional, como além fronteiras.
- Promover actividades culturais paralelas ao teatro e/ou de capital importância para o desenvolvimento do teatro em S. Vicente.
- Arranjar parcerias ou produções conjuntas com outros grupos de S. Vicente, assim como com os diversos agentes teatrais, com incidência sobre a Associação Artística e Cultural Mindelact, de forma a manter acesa a troca de conhecimentos, impressões e experiências, sempre a bem do teatro nacional.
- Criar uma linha de contactos e parceria com grupos de teatro internacionais, assim como festivais internacionais de teatro, com o fim de levar além fronteiras, com mais frequência o nosso teatro.
- Promover a divulgação de informações culturais importantes para os fazedores de teatro.

O STAFF



Alexandre Silveira Fonseca Soares (Tey)
Profissão: Técnico Informático
História Teatral:
- concluiu o 9º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA em 2004
- prémio para Melhor Texto nos trabalhos finais do curso (Tempestade de Shakespeare)
- elenco da peça Tertúlia (9º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA) e O Autocarro dos Loucos (Companhia de Teatro Solaris)
- antigo elemento e primeiro presidente da Companhia de Teatro Solaris


Eileen Almeida Barbosa (Eileen)
Profissão: Licenciada em Turismo e Marketing
História Teatral:
- frequenta o 11º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA que terminará em Agosto de 2006



Emanuel Lopes (neulopes)
Profissão: Técnico de Operações, Informações e Comunicações Aeronáuticas (ASA,S.A.)
História Teatral:
- concluiu o 9º Curso de Iniciação Teatral do CCO/ICA em 2004
- nomeado para Melhor Actor, Melhor Texto e Prémio Criatividade nos trabalhos finais do curso (Muito Barulho Por Nada de Shakespeare)
- prémio para Melhor Música nos trabalhos finais do curso (Muito Barulho Por Nada de Shakespeare)
- elenco das peças Tertúlia (9º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA) e Sonho de Uma Noite de Verão (Companhia de Teatro Solaris)
- design, Montagem de Som em A Bruxinha Que Era Boa (Grupo Teatrakácia), Julietas (Companhia de Teatro Solaris) e Sonho de Uma Noite de Verão (Companhia de Teatro Solaris)
- designer gráfico do Festival Internacional de Teatro Mindelact desde 2002
- antigo elemento da Companhia de Teatro Solaris e presidente da mesma companhia de 2004 a 2005


Heloneida Suely Aleixo do Rosário (Helô)
Profissão: Estudante
História Teatral:
- concluiu o 10º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA em 2005;
- nomeada para Melhor Actriz nos trabalhos finais do curso (Macbeath de Shakespeare)
- prémio para Melhor Música nos trabalhos finais do curso (Macbeath de Shakespeare)
- elenco da peça Sofamília (10º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA)


Hélder Duarte Lopes (Doca)
Profissão: Estudante
História Teatral:
- concluiu o 10º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA em 2005
- prémios para Melhor Cenografia e Criatividade nos trabalhos finais do curso (Muito Barulho Por Nada de Shakespeare)
- elenco da peça Sofamília (10º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA)

Júlio César Fortes (Julim)
Profissão: Estudante
História Teatral:
- concluiu o 10º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA em 2005
- prémio para Melhor Projecto nos trabalhos finais do curso (Tempestade de Shakespeare)
- elenco da peça Sofamília (10º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA)

Maria Teresa Assunção (Teja)
Profissão: Funcionária da TACV
História Teatral:
- concluiu o 10º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA em 2005
- prémio para Melhor Iluminação nos trabalhos finais do curso (Medida por Medida) de Shakespeare)
- elenco da peça Sofamília (10º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA) e O Rei Lear-Nhô Rei Já Bá Cabeça (Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo/ICA)

Odair Ramos (Bic)
Profissão: Funcionário do STAND MODERNO
História Teatral:
- concluiu o 9º Curso de Iniciação Teatral do CCO/ICA em 2004
- prémio para Criatividade nos trabalhos finais do curso
- elenco da peça Tertúlia (9º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA) e As Três Irmãs (Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo/ICA) e O Auto da Compadecida (Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo/ICA)
- antigo elemento da Companhia de Teatro Solaris

Thaíz Rodrigues Lucksis (Thaíz)
Profissão: Arquitecta/Professora do EICM
História Teatral:
- frequenta o 11º Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA que terminará em Agosto de 2006- operação de som em O Doido e a Morte (Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo/ICA)

3.02.2006

Os elementos

Por questões estratégicas, o grupo é composto por nove elementos, sendo três saídos do 9° Curso de Iniciação Teatral do CCP/ICA, quatro da 10ª edição do mesmo curso e dois elementos que integram a 11ª edição.

Porquê Sarron?


Sarron é o nome dado a um saco, geralmente feito em pele e, na maioria das vezes, enfeitado com desenhos feitos com uma certa mestria, que os homens do campo utilizavam para colocar sua merenda e outros artigos úteis e culturais. O grupo queria encontrar um nome que simbolizasse algo da nossa cultura. E o sarron vem mesmo a calhar. Será um sarron que iremos encher de cultura com as nossas propostas teatrais, e não só. Porém, trata-se de um nome que está praticamente em desuso, pelo que acrescentamos o ponto com, para dar um toque de modernismo (a indispensável Internet) e que, ao mesmo tempo é o diminutivo de companhia.